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Atóis

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Conheça mais sobre os atóis das Ilhas Maldivas

As Ilhas Maldivas são um país que consiste basicamente de atóis, recifes de corais e ilhas baixas. Mas o que vem a ser exatamente um atol? De acordo com o site da National Geographic Society, trata-se de uma ilha oceânica surgida a partir de erupções vulcânicas submersas, cujo resultado final ao longo de milhões de anos resulta em superfícies em formato de anel, com uma estrutura formada por corais e material orgânico sedimentado de inúmeros invertebrados. Ao centro de cada atol, existe uma lagoa.

Ao todo, são 22 atóis (atholu em maldívio, que é a língua local), que incluem aproximadamente 1.200 ilhas, cuja administração é dividida em 20 unidades. Nem todas as ilhas – ao contrário do que muita gente pensa – são habitadas. Na realidade, apenas uma pequena parte delas (para sermos mais precisos, 1/6). O restante é utilizado para diversas atividades, sendo o turismo a mais relevante delas e que fazem das Ilhas Maldivas o sinônimo de paraíso na terra!

A título de curiosidade, os atóis das Ilhas Maldivas são ainda fonte de diversas especulações por parte de ambientalistas e autoridades políticas que preveem que em aproximadamente 80 anos, em função do aquecimento global, o nível do mar subirá o suficiente para cobrir toda a extensão por onde se distribuem as ilhotas. Hoje, no entanto, cientistas de todo o mundo encontram lá uma oportunidade inigualável para estudar a biodiversidade da região, com seus exuberantes corais, vida marinha e arrecifes.

As Ilhas Maldivas estão localizadas no Oceano Índico a aproximadamente 480 km ao sudoeste do Cabo Comorin, na Índia, e a 650 km ao sudoeste do Sri Lanka. A extensão total da cadeia de atóis se prolonga por 648 km de norte a sul e a largura chega a 130 km de leste a oeste, formando uma corrente dupla no centro do arquipélago.

A disposição física dos atóis das Ilhas Maldivas varia bastante ao levarmos em conta que há desde estruturas abertas com recifes em formato de anéis denominados faros, fragmentos e pequenas elevações na lagoa do atol e em volta do círculo (por exemplo, Atol de Malé e Atol de Ari) a estruturas fechadas com poucos arrecifes, elevações e fragmentos (por exemplo, atóis de Kolhumadulu e Hadhdhunmathi).

Os “faros” são submersos pela água do mar quando a maré encontra-se baixa, cada um deles separado por sua própria lagoa arenosa e separados por canais profundos. Normalmente, eles possuem um círculo de corais vivos. Os fragmentos chegam a subir até 40 metros acima do fundo da lagoa, cobertos de corais robustos, que são responsáveis por quebrar as ondas. As elevações não alcançam a superfície e, normalmente, apoiam o crescimento profuso de corais, como também o fazem os arrecifes associados a muitas das ilhas.

Durante o período geológico, o preenchimento das lagoas dos “faros” e arrecifes circulares por sedimentos resultou na formação de ilhas de recife. Do ponto de vista geomorfológico, as Ilhas Maldivas variam significantemente em relação aos seus diferentes atóis porque são influenciadas por uma diversidade de fatores, tais como localização, clima, correntes, ondas, mudanças no nível do mar e, ainda, fatores humanos.

As Ilhas Maldivas possuem uma área total de 90.000 km quadrados incluindo terra e água. A área total ocupada é de aproximadamente 300 km quadrados. Apenas três ilhas possuem uma área superior a quatro quilômetros quadrados e nove delas com área superior a dois km2. As ilhas são feitas de areia coralina e possuem uma elevação muito baixa (em média não ficam a mais de dois metros acima do nível do mar). O solo, altamente alcalino, possui lençol freático alto e vegetação esparsa. O tipo de vegetação prevalente nos atóis inclui coqueiros e outras plantas resistentes à ação do sal e mangues.

Muitos dos recifes nas Ilhas Maldivas não possuem ilhas, mas todas as ilhas possuem um recife de coral adjacente. Normalmente, do ponto de vista do relevo, as ilhas são planas e arenosas, sendo comum elas possuírem um fundo rochoso composto de um conglomerado de rochas coralinas. Algumas delas são extensas e arenosas, enquanto outras possuem um formato circular. As de formato arredondado são, com frequência, mais baixas ao centro, às vezes com a incidência de locais barrentos ou pantanosos.

Um fenômeno muito curioso que impressiona os turistas é o giramun dhiyun: trata-se do desaparecimento de ilhas inteiras quando as correntes sobre os corais mudam. O contrário também acontece e novas Ilhas podem aparecer, iniciando-se como bancos de areias ou amontoados de corais em outros pontos dos arrecifes. Este “nascimento de ilhas” é chamado pelo povo maldivo de vodemun dhiyun. Assim, pode-se dizer que o cenário das Ilhas Maldivas está em constante mudança “estética”, na medida em que algumas ilhas sofrem erosão enquanto outras vão sendo formadas com o passar do tempo.

À exceção da capital, apinhada de prédios e outras construções (a população local é hoje superior a 90.000 pessoas), o meio ambiente na maior parte das ilhas é caracterizado por vegetação com pouca diversidade, construções baixas e água por todos os lados. Uma viagem para as Ilhas Maldivas, com se vê, pode significar também uma incursão cultural a uma cidade bastante diferente e exótica, Malé.